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Lendo: Bússola Poder: a morte da verdade
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Opinião

Bússola Poder: a morte da verdade

Última atualização 16 de março de 2024 15:56
Publicado 16 de março de 2024
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“Os grupos sociais passaram a valer mais do que a sociedade toda” (skynesher/Bússola)

“A preocupação política, quer dizer, a consciência e a atividade social, derrama-se nas multidões graças à democracia. E com fero exclusivismo ocuparam o primeiro plano da atenção aos problemas da vida social. A vida individual foi desprezada como questão pouco séria e intranscendente”

Assim escreveu José Ortega Y. Gasset, no início do século XX. O pensador avaliava uma mudança que sequer vislumbrava o vulto das redes sociais. Ele falava da mutação advinda das transformações da sociedade industrial e o início do fim da era dos impérios.

O mundo que Ortega Y. Gasset retratava era limitado em suas comunicações, mas passava por transformações abismais na época. Hoje, olhar para aqueles tempos parece mergulho na arqueologia. Mas há muitas similitudes. Haviam surgido os instrumentos e as tecnologias de comunicação que criariam a aldeia virtual global via internet. Nikola Tesla já descobrira como usar as ondas eletromagnéticas para comunicação sem fio, por exemplo. O telégrafo era uma realidade e o rádio engatinhava. A democracia se espalhou para vários outros países.

A ferocidade da vida social pressionava o indivíduo, que com as redes sociais se uniu em comunidades virtuais ou grupos de whatsapp – onde se multiplicam os posicionamentos de concordância que dão unidade e padrão de comportamento e pensamento a certos grupos. Muitas vezes, constroem “realidades” muito próprias e diferentes para si mesmos. São fatos de estimação, histórias reescritas, reinvenções do passado, projeções idealizadas de um futuro ansiado. Tornam-se esses grupos impermeáveis a quem não se identifica com suas crenças. Petrificam ideais e demonstram pouca abertura a integrantes com pensamento diferente.

As revelações desta semana sobre o depoimento de comandantes do Exército e Aeronáutica sobre a extensão das intenções do ex-presidente Jair Bolsonaro para promover uma ruptura institucional, são contundentes. E a posição firme do ex-comandante do Exército, Marco Antônio Gomes Freire, impediu o avanço das articulações. 

Havia falta de alinhamento entre o governo e o Estado Maior das Forças Armadas. Desalinhamento que também houve antes, quando o governo trocou todo o comando das Forças Armadas, e do Ministério da Defesa, onde o general Fernando Azevedo e Silva. Os fatos e depoimentos estão dados. E assustam.

Difícil será convencer o bolsonarista raiz dessa narrativa. Aquele que crê no whatsapp antes de tudo, principalmente se vier do amigo boquirroto, do parente conservador, colega de igreja, da tia distante… Os grupos sociais passaram a valer mais do que a sociedade toda. A parte pelo todo é referencial. “Ele” não estava lá, não viu o que o general viu nem ouviu… mas não concorda… Logo, nada disso existiu. Fenômeno idêntico em relação à corrupção investigada pela Lava Jato e sobre a recessão de 2016 que envolviam o PT, mas negada pelos grupos de esquerda mais aguerridos. 

Se no começo do século XX o individualismo foi uma resposta para preservar o indivíduo da força politica do movimento social, os grupos agora criaram uma barreira de resistência para a crença geral. A verdade, que nunca foi universal, agora se desmancha em listas de transmissão, nos grupos de redes sociais ou na lista de amigos de face. E ainda nem começaram as eleições, aquela guerra onde a verdade é a primeira vítima fatal.

Fonte: Márcio de Freitas/ Exame

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