Uma mulher de 44 anos, acusada de mandar matar a ex-companheira, foi presa pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A investigação aponta que a suspeita contratou um matador de aluguel que teria efetuado o crime no dia 14 de outubro de 2021.
Segundo a PCDF, a mandante sabia toda a rotina da vítima. Ao que tudo indica, ela estava com o atirador na esquina da rua da ex-companheira para acompanhar a saída dela da residência e executarem o plano. Quando a vítima apareceu, a acusada deu um sinal para que o criminoso simulasse um assalto e atirasse. A mulher foi baleada na cabeça e não resistiu.
Após dois anos de investigação, o poder judiciário acatou o pedido de prisão da autoridade policial da 14ª DP e decretou a prisão preventiva da envolvida acusada. “A motivação para o crime seria o término do relacionamento entre a autora e a vítima, de 33 anos, que começou um novo relacionamento com outra mulher. Houve, inclusive,ameaças por parte da envolvida contra a vítima e a nova companheira”, explica o delegado-chefe adjunto da 14ª DP, William Ricardo.
As investigações do crime
Ao longo das investigações, a investigada tentava sempre atrapalhar as apurações do crime. “Ela apagava provas e buscava álibis. Mas graças a um robusto conjunto de evidências levantadas pelos investigadores, foi possível demonstrar a materialidade do delito e demonstrar os riscos de manter a criminosa em liberdade, além da possibilidade de fuga, em razão da gravidade do crime praticado e, ainda, oferecer risco às testemunhas, que, inclusive, afirmaram que a criminosa possui um perfil de psicopata em razão de ciúme possessivo que tinha da vítima”, informou o delegado.
Segundo William, as investigações se prolongaram por conta do terror que a criminosa causava nas testemunhas. “As investigações prosseguem no sentido de identificar, localizar e prender o executor do crime. Contamos com a colaboração da comunidade por meio de denúncias que poderão
ser feitas pelos canais on-line da PCDF e pelo Disque-Denúncia (197), ou mesmo diretamente
na sede da delegacia”, finaliza William Ricardo.
Veja um vídeo de um circuito de segurança que mostra o atirador fugindo no dia do crime:
Ciúme doentio x psicopatia
Uma testemunha ouvida pela autoridade policial afirmou, em seu depoimento, que a
acusada era psicopata e tinha um ciúme doentio da vítima e era capaz de fazer qualquer coisa para evitar a aproximação de qualquer pessoa com a vítima, inclusive matá-la e machucar também
quem se aproximasse.
Uma segunda testemunha afirmou que foi procurada pela criminosa para conseguir um matador e uma arma de fogo. A suspeita ofereceu R$ 3 mil.Uma terceira pessoa disse que se mudou para uma outra cidade e não contou pra ninguém para evitar que descobrissem seu endereço, temendo pela própria vida.