Ao utilizar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Accept
Diário do Planeta
  • Economia
  • Política
  • Esportes
  • Meio Ambiente
  • Opinião
Lendo: Destruição dos biomas atinge direitos da população, dizem debatedores
Compartilhar
Diário do PlanetaDiário do Planeta
Font ResizerAa
  • Economia
  • Política
  • Esportes
  • Meio Ambiente
  • Opinião
Search
  • Economia
  • Política
  • Esportes
  • Meio Ambiente
  • Opinião
Have an existing account? Entrar
Follow US
© Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Meio AmbientePolítica

Destruição dos biomas atinge direitos da população, dizem debatedores

Última atualização 14 de novembro de 2023 10:49
Publicado 14 de novembro de 2023
Compartilhar

Especialistas em meio ambiente ouvidos em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH) nessa segunda-feira (13) associaram o agravamento dos eventos climáticos extremos à exploração econômica dos biomas e cobraram a formulação de políticas públicas de enfrentamento às mudanças no clima com maior protagonismo das populações mais atingidas em seus direitos fundamentais.

Representando o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam Amazônia), Ane Alencar apresentou dados sobre a vulnerabilidade do bioma amazônico à ação humana, especialmente por incêndios induzidos. Ela citou que, apesar de a presente situação de estiagem favorecer as queimadas, houve uma redução importante do desmatamento em relação ao ano passado — ainda assim, são grandes os impactos das queimadas sobre a qualidade do ar e da saúde, pontuou.

— As consequências são enormes para o meio ambiente, mas principalmente para as pessoas que estão sem água boa para beber, sem comida, sem transporte e expostas a todo tipo de doenças.

A prefeita de Jandaíra (RN), Marina Dias Marinho, mencionou os benefícios econômicos e sociais da geração eólica na Caatinga, mas lamentou a falta de atenção sobre o impacto negativo da expansão dessa atividade. Lembrando que seu município tem o número “alarmante” de um aerogerador por 70 habitantes, ela citou consequências da atividade energética que incluem desmatamento de áreas conservadas, ameaça às abelhas nativas, supervalorização imobiliária, prostituição e gravidez precoce, e cobrou um modelo descentralizado de diálogo com a sociedade civil.

— Não adianta a gente ter um novo meio de produzir energia que tenha uma fonte não fóssil se continua causando os mesmos impactos sociais e ambientais de outros meios — protestou.

Gabriel Mantelli, representante da Conectas Direitos Humanos, sugeriu que o tema passe a ser abordado a partir de um conceito amplo de “crise climática”, reforçando o papel do Estado em seu enfrentamento e conferindo mais protagonismo às populações negra, indígena e de povos e comunidades tradicionais.

— No contexto brasileiro, as pessoas mais vulnerabilizadas pela crise climática são as pessoas que historicamente passam por um processo de marginalização social — afirmou.

A representante da ONG Environmental Justice Foundation Brazil (EJF) na área de biodiversidade e clima, Luciana Leite, citou a recorrência das queimadas e da perda de biodiversidade no Pantanal, situação que, de acordo com os dados que mostrou, faz surgir “refugiados climáticos” no bioma. Ela destacou a relevância da pecuária no Pantanal, atividade que associou a trabalho análogo à escravidão e migração forçada, e cobrou fiscalização e punição às empresas envolvidas nessa cadeia produtiva.

— Infelizmente, a gente sabe que, hoje, a pecuária no Brasil é não apenas a atividade econômica que mais desmata, mas a atividade econômica que mais escraviza.

O senador Wellington Fagundes (PL-MT), por videoconferência, concordou com a palestrante, citando a situação “extremamente hostil” do clima em seu estado, e saudou a importância do diálogo entre a União e o governo estadual para as ações de combate ao fogo.

— Não adianta ficar brigando pelo protagonismo ou por quem tem obrigação ou não: o certo é que, neste momento, o Pantanal é um patrimônio da Humanidade que cabe a todos nós.

Secretaria Executiva do Observatório dos Conflitos Socioambientais do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), Juliana Miranda vinculou a expansão da fronteira agrícola no Cerrado com a ocorrência de problemas como aumento do desmatamento, concentração fundiária, elevada desigualdade social e violações de direitos humanos das populações da região.

— A expansão dessa fronteira agrícola gera violações e conflitos como degradação de nascentes e leitos dos rios, poluição de nossas águas devido ao uso intensivo de agrotóxicos, destruição da flora e da fauna do Cerrado; tudo isso tendo rebatimento muito óbvio no direito à saúde, à educação e à segurança alimentar e nutricional de povos e comunidades tradicionais.

Coordenador-executivo do Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa, Fernando Aristimunho salientou a necessidade de reconhecimento e políticas afirmativas a favor de comunidades — entre as quais, ciganos, quilombolas, pescadores artesanais e pecuaristas familiares — que historicamente são as mais prejudicadas pelos eventos climáticos extremos e têm seus territórios mais ameaçados pela expansão da fronteira agrícola.

— A gente precisa fazer esse debate chegar às comunidades tradicionais nas diferentes regiões do bioma Pampa (…). É preciso haver espaços de diálogo locais.

Tratando da mata Atlântica, o representante do Instituto MapBiomas, Marcos Reis Rosa, mencionou dados históricos que demonstram uma relativa estabilidade na preservação do que resta do bioma, mas apontou os riscos da expansão urbana sobre a vegetação.

— Estamos falando também do crescimento de favelas ou de comunidades onde não há uma estrutura, e é a primeira área que vai sofrer com mudanças climáticas e eventos extremos.

O presidente da CDH e da audiência pública, senador Paulo Paim (PT-RS), se disse animado com as propostas apresentadas e pela disposição de “construção coletiva”.

— Temos que combater todo o ataque que tem ao clima, temos que ver o que existe, qual a política de transição aceitável, mas dialogando com as pessoas que estão na área.

Fonte: Agência Senado

Você também pode gostar

Ministros do STF elogiam indicação de Dino para Corte

Mendonça pede destaque e duas ações do 8 de janeiro são suspensas

Lula decide substituir Nísia por Padilha no Ministério da Saúde

Pacheco recebe de centrais proposta de regulação da contribuição para sindicatos

Brasil registra em 2024 aumento de 79% de áreas queimadas

Compartilhar
Facebook Email Copy Link Print
Artigo anterior Novas regras da Lei de Cotas já estão em vigor
Próximo artigo LDO: Comissão de Agricultura e Reforma Agrária aprova emendas
Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Siga-nos nas redes sociais
Twitter Youtube Telegram Linkedin
Diário do Planeta
Mantenha-se informado acompanhando a tudo que é importante no Brasil e no Mundo pelas nossas redes sociais
© Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Welcome Back!

Sign in to your account

Username or Email Address
Password

Lost your password?