Pesquisa inédita divulgada neste domingo (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 47% das indústrias brasileiras têm projetos ou plano de ação formal em ecoinovação. De acordo com a Sondagem Especial: Ecoinovação e Transformação Digital, 30% das empresas têm trabalhos em execução e outras 17% estão com projetos aprovados para serem iniciados. Os dados revelam também que 28% das empresas estão realizando estudos iniciais sobre o tema e 19% não realizam nenhuma ação de ecoinovação no momento.
A pesquisa revela que, entre as indústrias que integram a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) – grupo coordenado pela CNI formado por mais de 500 empresas –, a ecoinovação já é uma realidade. De acordo com os dados, 78% das empresas que fazem parte da MEI têm planos de ação ou projetos de ecoinovação em andamento; outras 7% têm projetos aprovados, mas não iniciados; 9% estão em fase de estudos; e 5% não realizam nenhuma ação nesta área.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que, apesar de um quadro positivo, a velocidade de adoção da ecoinovação poderia ser maior no país. “Há sinais de que o processo está se ampliando. O desafio agora é apoiar pequenas empresas a embarcar nessa jornada, uma tendência que inevitavelmente deverá fazer parte dos planos estratégicos da indústria brasileira”, destaca.
“No Brasil, grandes indústrias, especialmente um subgrupo engajado nas atividades da Mobilização Empresarial pela Inovação, têm liderado os investimentos e resultados em ecoinovação. Empresas de médio porte também têm se destacado, começando a investir em inovação verde”, acrescenta Robson Andrade.
Ecoinovação como tendência rumo à descarbonização
A pesquisa da CNI será apresentada no 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que acontecerá nos dias 27 e 28 deste mês, no São Paulo Expo. Realizado pela CNI em parceria com o Sebrae, este é o maior evento de inovação da América Latina. Esta edição terá como tema ecoinovação e reunirá especialistas brasileiros e internacionais para debater o assunto e propor diretrizes de uma estratégia nacional de ecoinovação para a indústria brasileira. As últimas inscrições para o Congresso estão abertas e podem ser feitas aqui.
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) define a ecoinovação como a inovação que resulta na redução do impacto ambiental. Essa é uma tendência mundial que está promovendo mudanças nos modelos de negócios das empresas e que se tornou fundamental para a construção de novos parâmetros de sustentabilidade e competitividade para o setor industrial, no Brasil e no mundo.
As ecoinovações podem ser tanto tecnológicas, por meio de novos produtos ou processos produtivos, quanto inovações não-tecnológicas, com métodos de marketing, inovações organizacionais ou institucionais. Para a CNI, esta é uma tendência sem volta e essencial para a sobrevivência e competitividade das empresas em todo o mundo, à medida em que avançam as políticas de redução das emissões de gases de efeito estufa, do consumo de água e da geração de resíduos.
Qualificação de trabalhadores é um desafio para a ecoinovação
A pesquisa revela que o maior desafio para a estruturação da ecoinovação na indústria é a falta de trabalhadores qualificados para atuar com o tema. As restrições orçamentárias (33%) são a principal barreira para a qualificação de profissionais para trabalhar com ecoinovação. Na sequência, aparecem a necessidade de investir em outras áreas estratégicas (29%), estrutura/cultura da empresa (18%), limitação de tempo disponível para treinamento (20%) e baixo engajamento dos funcionários (12%).
O estudo revela ainda que, para 66% dos entrevistados, falta conhecimento aos trabalhadores em técnicas sustentáveis e, para 45%, falta conhecimento de legislação ambiental. Já 38% consideram que falta ao profissional competência para gerir e desenvolver projetos de ecoinovação.
Os principais desafios enfrentados pelas empresas no recrutamento de profissionais para ecoinovação são encontrar profissionais experientes em sustentabilidade (36%) e profissionais atualizados em tecnologias ambientais (36%).
Perguntados sobre qual estratégia a empresa tem adotado para suprir lacunas e promover a ecoinovação, 76% dos entrevistados afirmaram que têm apostado em treinamento de funcionários; 31%, na participação em redes colaborativas; e 24% na terceirização de projetos, funções e iniciativas de tecnologia da informação e comunicação (TIC).
A diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, alerta que já é realidade em muitas indústrias o investimento em formação e requalificação de funcionários em ecoinovação, difusão de conhecimentos sobre legislação ambiental, e implementado estratégias de inovação aberta. “No entanto, é necessário incluir mais empresas nessa realidade, especialmente as pequenas, que têm menos recursos para sustentar suas jornadas de ecoinovação sem apoio”, pontua.
“É fundamental que haja políticas públicas e iniciativas privadas que alinhem incentivos à meta de ecoinovar, com especial cuidado com as pequenas empresas. Isso não apenas contribuirá para a sustentabilidade ambiental, como também para o aumento da competitividade dos produtos e serviços brasileiros nos mercados globais”, completa Gianna Sagazio.
Pesquisa inédita divulgada neste domingo (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 47% das indústrias brasileiras têm projetos ou plano de ação formal em ecoinovação. De acordo com a Sondagem Especial: Ecoinovação e Transformação Digital, 30% das empresas têm trabalhos em execução e outras 17% estão com projetos aprovados para serem iniciados. Os dados revelam também que 28% das empresas estão realizando estudos iniciais sobre o tema e 19% não realizam nenhuma ação de ecoinovação no momento. A pesquisa revela que, entre as indústrias que integram a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) – grupo coordenado pela CNI formado por mais de 500 empresas –, a ecoinovação já é uma realidade. De acordo com os dados, 78% das empresas que fazem parte da MEI têm planos de ação ou projetos de ecoinovação em andamento; outras 7% têm projetos aprovados, mas não iniciados; 9% estão em fase de estudos; e 5% não realizam nenhuma ação nesta área. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que, apesar de um quadro positivo, a velocidade de adoção da ecoinovação poderia ser maior no país. “Há sinais de que o processo está se ampliando. O desafio agora é apoiar pequenas empresas a embarcar nessa jornada, uma tendência que inevitavelmente deverá fazer parte dos planos estratégicos da indústria brasileira”, destaca. “No Brasil, grandes indústrias, especialmente um subgrupo engajado nas atividades da Mobilização Empresarial pela Inovação, têm liderado os investimentos e resultados em ecoinovação. Empresas de médio porte também têm se destacado, começando a investir em inovação verde”, acrescenta Robson Andrade. Ecoinovação como tendência rumo à descarbonização A pesquisa da CNI será apresentada no 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que acontecerá nos dias 27 e 28 deste mês, no São Paulo Expo. Realizado pela CNI em parceria com o Sebrae, este é o maior evento de inovação da América Latina. Esta edição terá como tema ecoinovação e reunirá especialistas brasileiros e internacionais para debater o assunto e propor diretrizes de uma estratégia nacional de ecoinovação para a indústria brasileira. As últimas inscrições para o Congresso estão abertas e podem ser feitas aqui. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) define a ecoinovação como a inovação que resulta na redução do impacto ambiental. Essa é uma tendência mundial que está promovendo mudanças nos modelos de negócios das empresas e que se tornou fundamental para a construção de novos parâmetros de sustentabilidade e competitividade para o setor industrial, no Brasil e no mundo. As ecoinovações podem ser tanto tecnológicas, por meio de novos produtos ou processos produtivos, quanto inovações não-tecnológicas, com métodos de marketing, inovações organizacionais ou institucionais. Para a CNI, esta é uma tendência sem volta e essencial para a sobrevivência e competitividade das empresas em todo o mundo, à medida em que avançam as políticas de redução das emissões de gases de efeito estufa, do consumo de água e da geração de resíduos. Qualificação de trabalhadores é um desafio para a ecoinovação A pesquisa revela que o maior desafio para a estruturação da ecoinovação na indústria é a falta de trabalhadores qualificados para atuar com o tema. As restrições orçamentárias (33%) são a principal barreira para a qualificação de profissionais para trabalhar com ecoinovação. Na sequência, aparecem a necessidade de investir em outras áreas estratégicas (29%), estrutura/cultura da empresa (18%), limitação de tempo disponível para treinamento (20%) e baixo engajamento dos funcionários (12%). O estudo revela ainda que, para 66% dos entrevistados, falta conhecimento aos trabalhadores em técnicas sustentáveis e, para 45%, falta conhecimento de legislação ambiental. Já 38% consideram que falta ao profissional competência para gerir e desenvolver projetos de ecoinovação. Os principais desafios enfrentados pelas empresas no recrutamento de profissionais para ecoinovação são encontrar profissionais experientes em sustentabilidade (36%) e profissionais atualizados em tecnologias ambientais (36%). Perguntados sobre qual estratégia a empresa tem adotado para suprir lacunas e promover a ecoinovação, 76% dos entrevistados afirmaram que têm apostado em treinamento de funcionários; 31%, na participação em redes colaborativas; e 24% na terceirização de projetos, funções e iniciativas de tecnologia da informação e comunicação (TIC). Acesse aqui sonoras da diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio A diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, alerta que já é realidade em muitas indústrias o investimento em formação e requalificação de funcionários em ecoinovação, difusão de conhecimentos sobre legislação ambiental, e implementado estratégias de inovação aberta. “No entanto, é necessário incluir mais empresas nessa realidade, especialmente as pequenas, que têm menos recursos para sustentar suas jornadas de ecoinovação sem apoio”, pontua. “É fundamental que haja políticas públicas e iniciativas privadas que alinhem incentivos à meta de ecoinovar, com especial cuidado com as pequenas empresas. Isso não apenas contribuirá para a sustentabilidade ambiental, como também para o aumento da competitividade dos produtos e serviços brasileiros nos mercados globais”, completa Gianna Sagazio. Transformação digital nas empresas industriais A pesquisa revela, ainda, que 33% das empresas têm plano de ação formal/projetos em execução de Transformação Digital (TD). As principais carências para promover a transformação digital são os conhecimentos em TICs (64%), em matemática, estatística, engenharia e ciências aplicadas (39%), em multimídia (32%), gestão e desenvolvimento de projetos (54%), domínio da língua inglesa (36%), habilidade de gestão/liderança (39%) e habilidade para trabalhar em equipe (21%). Perguntados sobre qual estratégia sua empresa tem adotado para suprir lacunas de competência para promover a transformação digital, os entrevistados mencionaram o treinamento de pessoal (75%), terceirização de projetos, funções e iniciativas em TIC (54%), participação em redes colaborativas (54%) e adoção de arranjos de trabalho alternativo (25%). As principais barreiras para a qualificação de trabalhadores para TD são as restrições de orçamento (35%), estrutura e cultura da empresa (29%) e limitação de tempo disponível para treinamento (27%). Metodologia A CNI entrevistou 2.236 gestores de empresas industriais entre os dias 1 e 10 de janeiro de 2023. Principais dados da pesquisa Ecoinovação 30% – Possui plano de ação formal/projetos em execução 28% – Estão realizando estudos iniciais 17% – Tem projetos aprovados, mas não iniciados 19% – Não está realizando nenhuma ação Qual competência falta ao funcionário para sua empresa promover a ecoinovação? 66% – Conhecimento em técnicas sustentáveis 45% – Conhecimento da legislação ambiental 38% – Gerir e desenvolver projetos Qual estratégia sua empresa tem adotado para suprir lacunas e promover a ecoinovação? 24% – Terceirização de projetos, funções e iniciativas em TIC
76% – Treinamento dos funcionários 31% – Participação em redes colaborativas Qual o principal desafio enfrentado pela sua empresa no recrutamento de profissionais para ecoinovação? 36% – Encontrar profissionais experientes em sustentabilidade 36% – Encontrar profissionais atualizados em tecnologias ambientais
Qual a principal barreira para qualificação dos funcionários em sua empresa em ecoinovação? 33% – Restrições de orçamento 18% – Estrutura e cultura da empresa 20% – Limitação de tempo disponível para treinamento 12% – Baixo engajamento dos funcionários 29% – Necessidade de investir em outras áreas estratégicas
Fonte: Confederação Nacional das Indústrias