20 mandados de busca e apreensão são cumpridos nesta quarta-feira (28) numa operação desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A ação investiga a atuação de empresários e agentes públicos em contratos de fornecimento de alimentos aos pacientes das unidades de saúde administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES/DF.).
Os agentes de segurança atuam no Distrito Federal, em Goiânia (Goiás) e na cidade de Macapá. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também apoia a operação.
A investigação começou em abril de 2023. Segundo a PCDF, no curso da apuração, foram observados vários elementos de que o serviço é prestado de forma precária. Há falta de insumos, atrasos nas entregas e carência de equipamentos adequados à produção de alimentos. Essa situação estaria gerando diversos transtornos ao plano nutricional dos pacientes, dificultando, assim, a sua recuperação.
De acordo com a PCDF, há fortes evidências que indicam o direcionamento contratual, favorecimento indevido da empresa prestadora do serviço, que, mesmo diante das inúmeras falhas verificadas, teve o contrato renovado e seus pedidos de aumento dos valores repassados pelo IGES/DF atendidos. Há indícios de que esse alinhamento entre os empresários e gestores do IGES/DF ocorreu por conta de recebimentos de vantagens indevidas, a título de propina, para servidores públicos.
Os mandados de busca e apreensão em cumprimento ocorrem em endereços vinculados ao núcleo empresarial da empresa prestadora dos serviços e a servidores do IGES/DF, além da própria sede do Instituto.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de capitais. Caso condenados, eles podem pegar até trinta anos de prisão.