A segunda etapa da Operação Maré teve início nesta terça-feira (10), no Rio de Janeiro. Os agentes das forças estaduais de segurança estão atuando em oito comunidades do complexo de favelas – Tijolinho, Timbau, Baixa do Sapateiro, Fogo Cruzado, Salsa e Merengue, Vila do Pinheiro, Vila do João e Conjunto Esperança -, além da Cidade de Deus. Na ação, a piscina de um complexo esportivo na Vila do Pinheiro, que vinha sendo usada por traficantes, foi devolvida à comunidade.
A Operação Maré conta com a mobilização de mil agentes das forças estaduais de segurança e é a maior já realizada com uso de tecnologia, aliada à inteligência e investigação, segundo o governo estadual.
Equipamentos como drones com câmeras que fazem mapeamento de áreas em 3D e uma câmera com zoom de longo alcance são utilizados e têm capacidade de reconhecimento facial e identificação de placas de veículos.
O primeiro dia de incursão já resultou em um prejuízo de pelo menos R$ 15 milhões para as facções criminosas, segundo cálculos do governo estadual.
“Tivemos um primeiro dia de êxito na operação e hoje seguiremos com um trabalho integrado das forças de segurança no enfrentamento às organizações criminosas. Estamos falando de grupos que possuem armas de guerra, controlam territórios, usam o sistema financeiro nacional, se articulam nacional e internacionalmente, possuem seus próprios tribunais e ampliam seus poderes nas mais diversas esferas. Não vamos recuar diante dessas máfias”, disse o governador Cláudio Castro.
Drones
Toda a ação está sendo acompanhada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), para onde são enviadas imagens dos drones e câmeras operacionais portáteis utilizadas pelos policias.
Os secretários de Polícia Militar, Luiz Henrique Marinho Pires, de Polícia Civil, José Renato Torres, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Edu Guimarães, também contaram com uma mesa interativa que monitora em tempo real o posicionamento dos agentes nos territórios.
Além do aparato tecnológico, aeronaves e blindados das polícias militar e civil apoiam a ação. Neste segundo dia, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) seguirá bloqueando sinais de celulares nos presídios, assim como fará uma nova varredura para encontrar esconderijos improvisados por presos para ocultar celulares e outros itens ilícitos dentro das celas. Ontem (10), foram apreendidos 58 celulares nos presídios de Bangu 3 e 4.
Fonte: Agência Brasil