Na manhã desta quinta-feira (5), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu 25 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nas cidades de Sorocaba (São Paulo), São Paulo (São Paulo), Avaré (São Paulo), Pau dos Ferros (Rio Grande do Norte), Arapiraca (Alagoas) e Salvador (Bahia). A ação é resultado da segunda fase de uma operação que investiga um esquema de lavagem de dinheiro. Os criminosos teriam feito isso para encobrir lucros que tinham com o tráfico de drogas.
Também houve o bloqueio e sequestro de valores de contas bancárias pertencentes a 12 empresas e 21 pessoas físicas, todas teriam envolvimento com o esquema. Na segunda fase da Operação Il Padrino, as investigações foram direcionadas para a complexa teia financeira. Nesse desdobramento, os investigadores se dedicaram primordialmente a seguir o rastro do dinheiro, mapeando as movimentações financeiras para decifrar sua origem e destino.
Foi descoberto que um dos principais operadores financeiros da organização criminosa, liderada pelo indivíduo conhecido como “Inseto” ou “Padrinho”, se utilizou, entre 2020 e 2023, de 12 empresas fantasmas. Essas empresas serviam para lavar dinheiro e para a aquisição de entorpecentes nas regiões de fronteira entre o Brasil e a Bolívia.
O esquema também contava com o apoio de cidadãos comuns. Eles eram transformados em laranjas. Essas pessoas eram instruídas a comparecer a determinadas agências bancárias onde recebiam grandes quantias, variando entre R$ 20 mil e R$ 150 mil. Esses montantes eram depositados (na boca do caixa) em contas das empresas de fachada.
De 2021 a maio de 2023, essas empresas receberam aproximadamente R$ 4 milhões provenientes da organização criminosa baseada no Distrito Federal. Apurou- se também que a mesmas empresas serviam a um gigantesco esquema de âmbito nacional, pois movimentaram cerca de R$ 170 milhões entre 2020 e 2023. Esse montante é do crime organizado, com grupos espalhados por todo o país.